segunda-feira, 14 de maio de 2012

Totens


Para muitas pessoas, a idéia dos totens remete às imagens de rituais sagrados e cerimônias misteriosas. No entanto, mais do que objetos de adoração ou de rituais, os totens se referem a uma grande variedade de relações: ideológica, mística, emocional e genealógica. 
Ninguém sabe ao certo quando os primeiros totens foram criados. O que se sabe é que eles começaram como expressões artísticas dos índios americanos da costa noroeste do Pacífico, na América do Norte.Os arqueólogos também acreditam que, mesmo que os totens que conhecemos atualmente não tenham surgido até o fim do século 18, as imagens e histórias que eles representam já existiam há centenas (ou talvez milhares) de anos em objetos menores, como pentes e máscaras.

Quando os colonizadores europeus viram pela primeira vez os totens do século 18, ficaram um pouco assustados. Como os totens não se pareciam com nada que já haviam visto, os colonizadores nem imaginavam para que serviam aqueles estranhos objetos. Isso levantou muitos mitos sobre os totens. O capitão britânico, James Cook, os descreveu como “figuras monstruosas”. Mas os europeus, na verdade, ocasionaram um aumento na produção de totens. Eles tinham sofisticadas ferramentas de metal que facilitavam o trabalho dos entalhadores indígenas norte-americanos em peças de madeira maiores. Foram os europeus que rotularam essa forma artística com o nome “totem”.
O principal propósito do totem é contar uma história por meio de símbolos, tipicamente de animais e de pessoas. A enredo geralmente detalha a história e a riqueza da família que o pediu. Durante o processo de criação, o entalhador chefe geralmente vivia com a família anfitriã, algumas vezes durante vários meses. O entalhador chefe tinha muitos privilégios e o chefe da família anfitriã era responsável por garantir conforto e entretenimento durante a sua estadia. Se suas necessidades não fossem satisfeitas ou se ele não se sentisse respeitado, o entalhador podia usar seu poder para envergonhar quem pediu o totem (por exemplo, poderia retratá-lo nu).
 Algumas representações mais comuns dos totens, inclui o pássaro trovão mitológico, a águia e o urso pardo. Esses símbolos dos índios norte-americanos vêm de três reinos: céu, terra ou subaquático. Crenças populares dizem que muitos animais podem se transformar em outros seres, ou até mesmo em humanos. Algumas vezes, os índios norte-americanos usavam esses animais para representar um ancestral que eles acreditavam possuir habilidade de transformação. Ou incluíam um determinado animal simplesmente porque encontravam nele algum significado para suas vidas.

A seguir uma pequena amostra desses animais e suas interpretações.
Águia: muitos acreditam que a águia seja o animal mais útil, pois ela consegue voar mais alto que os outros pássaros. Ela é considerada extremamente inteligente e é capaz de notar problemas a distância, planando em grandes altitudes.
Pássaro trovão: essa é uma criatura mitológica com o poder de criar um relâmpago piscando o olho e de fazer trovejar ao bater as asas. O pássaro trovão também consegue ficar invisível e criar violentas rajadas de vento.
Urso: acredita-se que o urso ensine os nativos a colher frutas silvestres e a caçar o salmão selvagem. O urso também ajuda durante uma batalha.
Coruja: esse pássaro representa as almas dos falecidos.
Lobo: o lobo é considerado muito poderoso. Ele também representa os que cuidam dos doentes e necessitados.
Corvo: um dos símbolos mais usados no Alasca, junto com o lobo, o corvo é querido por seus artifícios. Apesar de ser acusado de corrupto e faminto, o corvo é o assunto de mais de 90 histórias.

Sapo: acredita-se que o sapo traga riqueza e grande fortuna.

MITO E VERDADE


Mito: os totens eram adorados pelos nativos e usados para afastar espíritos do mal.

Verdade: eles eram emblemas usados para contar histórias, não para propósitos religiosos ou místicos.

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