Também conhecida com Shi Yin, Guanyin, Quan' Am no Vietnã, Kannon no Japão e Kanin em Bali. Kwan Yin é a Deusa budista da compaixão, símbolo do amor incondicional e da misericórdia divina. Seu nome significa: "aquela que houve os lamentos do mundo". Mesmo sendo um Budhisattva, ou seja, um ser que atingiu a absoluta iluminação espiritual, podendo afastar-se do mundo terrestre e viver apenas no mundo divino, ela renunciou este direito e escolheu permanecer no mundo fenomenal trabalhando em favor dos seres vivos até que todos completem sua própria iluminação.
Kwan Yin é descrita de muitas formas e cada uma demonstra um aspecto sem igual de sua compaixão e clemência. Ela é freqüentemente retratada como uma mulher em brancas roupas flutuantes levando na mão esquerda um lótus branco, simbolo de sua pureza. Ela também pode ter ostensivos ornamentos que revelam a sua grandeza de Budhisattva, ou pode ser mostrada sem eles como um sinal de sua renuncia e humildade. É retratada frequentemente com uma criança nos braços ou com varias crianças ao redor, já que é considerada protetora dos pequeninos. Também há imagens dela segurando um ramo de salgueiro, com o qual ela borrifa o néctar divino da vida, ou um vaso precioso que simboliza o néctar de compaixão e sabedoria.
Outros símbolos associados a Kwan Yin são:
Uma tigela de arroz como uma metáfora para fertilidade e alimento.
Um livro ou rolo de papel de orações que representa o dharma(ensinamentos) do Budda e um rosário cujas contas representam todos os seres vivos.
O dragão, um antigo símbolo de espiritualidade, sabedoria e poderes divinos são um motivo comum encontrado em combinação com a Deusa da clemência.
Kwan Yin seria a forma feminina de Avalokitesvara, o Budhisattva da compaixão, a apresentação de um Budhisattva como ambos, 'Deusa' e 'Deus' não é incoerente com a doutrina budista, para salvar os seres sensíveis, um Budhisattva assumira qualquer forma, seja masculina, feminina ou animal. Como Avalokitesvara ela é mostrada frequentemente tendo mil braços ou às vezes com um olho na palma de cada mão. Esse é um o símbolo para a sua onipresença: Ela vê ao mesmo tempo em todas as direções e tem a consciência de todos os problemas da humanidade.
Popularmente ela é reverenciada como protetora das mulheres (especialmente das mães), das crianças, dos comerciantes, artesões e marinheiros. Amada como uma figura materna e como mediadora divina, seria a madona budista comparável a virgem maria.