quinta-feira, 5 de abril de 2012

Casal penapatã (A história de Rama e Sita)



No reino Ayodhya (hoje norte da Índia) há milhares de anos atrás, vivia um rei chamado Dasaratha, o qual estava casado com três esposas (algo habitual entre os reis)chamadas Kaushalyi, Kaikeya e Sumitra. Nenhuma das três havia podido dar lhe filhos. Dasaratha aconselhado pelos sacerdotes brahmanas, organizou um grande sacrifício de fogo para conseguir um filho. Durante o sacrifício surgiu um ser místico que lhe entregou uma tigela com arroz (se tratava de um alimento santificado) para suas esposas comerem. A Kaushalya por ser a mais importante das rainhas, comeu a metade do arroz e dividiu o que restou com as outras duas. Com o passar do tempo Kaushaya deu a luz a um filho chamado Hama,  Kaikeyi teve Bharata de Sumitra nasceram os filhos chamados Lakshmana e Shatrughana.
Hama tinha uma metade da divindade de Vishnu e seus irmãos repartiram o resto. Os irmãos cresceram desconhecendo sua origem divina. Os hindus adoram Hama como uma encarnação do Deus Vishnu. Hama apaixonou-se por Sita, a filha do rei Janaka de Mithila, que é a reencarnação da fiel esposa de Vishnu, Lakshmi. Devido a um incidente na corte, Hama e Sita foram viver tranquilamente no bosque. Tudo ia bem até o demônio Ravana seqüestrar a Sita, que gritou a todas as arvores do bosque para dizerem a Hama que estava sendo levada contra sua vontade. Também tirou suas jóias e seu véu de ouro a cinco macacos e Hanumen, seu general. Então o sábio Agastya o aconselhou a adorar o sol, a fonte da vida. Assim o fez e também pediu emprestado uma carruagem e um cocheiro do Deus do céu, Indra. Logo Hama foi atrás de Ravana e de seu exercito de rakshashas demoníacos, que estava cheio de guerreiros ferozes com nomes como Morte-aos-homens.
Hama juntou um exercito composto de macacos e ursos e atacou o demônio. Após diversas batalhas, Ravana, o demônio de dez cabeças foi morto pelas flechas de Hama, e Sita foi finalmente libertada.

Hama junto de sua esposa Sita e seu irmão Lakshmana acompanhados de devotos, regressaram a Ayodhya, depois de haverem passado 14 anos em exílio. Quando os habitantes de Ayodhya escutaram a noticia da chegada do rei amado, se vestiram com as melhores roupas e as mulheres se maquiaram e vestiram-se usando suas preciosas jóias. Justo aquele dia era de lua nova, tudo estava muito escuro, assim para iluminar o caminho do Deus Hama, foram colocadas luminosas lamparinas de azeite por todo o trajeto, assim como no palácio e em todas as casas do reino. E então, todos desde o retorno deles souberam que Hama não vive sem sua Sita, por isso, os grandes mestres espirituais sabem, que nunca deve se adorar o Deus sozinho, mas sempre com sua consorte, ou seja, junto com sua energia feminina.
Lakshmi é considerada como modelo da esposa hindu, unida em completa harmonia com seu marido e sua família.
A palavra Diwalli significa literalmente “fileira de luzes”, e foi assim, portanto, que se originou essa festa ancestral que se celebra em toda a Índia e em todo mundo onde vive os hindus.


O casal Vishnu e Lakshmi rege o sentido erótico, além de governar o elemento água.
O tema principal do Ramayana é a eterna luta do bem contra o mal, da luz contra a escuridão e das conseqüências dos nossos atos passados.
Sempre que invocamos Lakshmi, devemos recordar que ela não é só a Deusa da fortuna material, mas sim também da espiritual que é a que realmente perdura e sobretudo, não devemos esquecer que Lakshmi é ainda, uma Deusa do Amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...