sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Pedra do mês de Fevereiro: Ametista

Dando prosseguimento à série de posts sobre pedras que representam os meses do ano, chegamos a fevereiro e as histórias que rondam a pedra Ametista. 


Considerada preciosa pela Igreja Católica até o século XVIII (18), assim como a esmeralda, a safira, o rubi e o diamante, a ametista – que era tida como o mais importante mineral deste grupo – foi perdendo valor comercial com a descoberta de abundantes jazidas ao redor do mundo, especialmente no Brasil. Hoje, ela pertence ao conjunto das pedras semi-preciosas.
Chamada de “Cinderela das pedras”, a ametista tem coloração púrpura e aparece como a gema mais valiosa do grupo do quartzo. Mesmo que seu prestígio conceitual tenha caído no mercado, ainda hoje diversas joias utilizam a pedra como forma de adorno.

Origem e mitologia

Oriunda do grego, a palavra ametista une o prefixo “a”, que significa “não”, com “methuskein”, que quer dizer “intoxicar”. De acordo com as crenças antigas, a pedra possuía o poder de proteger seus donos da embriaguez.

Mas não param por aí as aparições históricas da pedra semi-preciosa. Na Europa medieval, por exemplo, as pessoas bebiam água em taças de ametista para conferirem ao líquido aspecto semelhante ao do vinho devido à coloração púrpura do material.

A pedra também foi muito utilizada pela Igreja Católica, que acreditava que ela tinha poderes contemplativos, psíquicos, além de garantir ao seu dono seriedade e sinceridade. A ametista também aparece como auxiliadora do celibato e símbolo da devoção, e por isso desde a Idade Média (quando era mais cara do que os diamantes), ela tem sido utilizada por religiosos. Ainda hoje os bispos usam um anel de ametista no dedo para expressar a sua espiritualidade.

Já na cultura oriental, a pedra costumeiramente é colocada na testa para exercer força positiva sobre o “terceiro olho”, também conhecido por chakra Ajna. Ela também é sagrada no Tibet e tem forte ligação com Buda, que frequentemente tem seus rosários feitos do mineral.

A ametista também foi uma escolha natural para a realeza. A cor roxa, comumente utilizada para identificar esse grupo de pessoas com sangue real, é justamente o tom da pedra. Por isso, usar o mineral até o século XVIII significava ter elevado status social. Não é à toa que ela pode ser encontrada em diversas joias reais da época, especialmente da nobreza inglesa e francesa. A divulgação da pedra também foi ajudada pela Rainha Catarina, a Grande, que tinha verdadeira adoração por ela. Ainda hoje a ametista é usada para adornar a coroa da rainha da Inglaterra.

Localização

Atualmente, a ametista pode ser encontrada em todos os continentes. No Brasil há as maiores jazidas do mundo, mas grande parte das gemas extraídas no país não possuem qualidade necessária para o ramo joalheiro.
A cidade de Ametista do Sul (RS), por exemplo, já encontrou mais de 2.500 kg da pedra. Em Caetité (BA), no distrito Brejinho das Ametistas, também já foi encontrada uma ametista de 90kg! As cidades de Chopinzingo (PR) e Montezuma (MG) também são importantes polos de extração do minério.


Além do Brasil, outros países onde a ametista pode ser encontrada facilmente são: Uruguai, Sri Lanka, Madagascar e Rússia (sendo este último reconhecido pelos seus belos exemplares).

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